sábado, 27 de dezembro de 2008

USO DO ONDE E DO AONDE

A confusão no uso desses dois vocábulos está em não se atentar à correta regência do verbo. Estes dois vocábulos que na verdade não são dois e sim um, que é o advérbio relativo "onde", mas que dependendo da regência do verbo agrega a preposição "A" se tornando "Aonde".
Este advérbio ocorre com valor circunstancial de lugar, ou seja na oração em que aparecer tem que determinar lugar. Ao verificar a regência do verbo: se ele pedir a preposição a então se usa "aonde" se não pedir "a" e sim "em" usa-se "ONDE".
Ex.: Ficaram deslumbrados por chegar aonde tanto desejavam. Façam a pergunta ao verbo: Quem chegar, chega "a" algum lugar então "aonde".
No local onde estavam sentados. quem está sentado, está sentado "em" algum lugar. Em algum lugar então se usa "onde".
E acreditem é simples assim mesmo, se aplicarmos isso nunca mais erraremos essas questões de onde e aonde.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

DETERMINAR O SUJEITO

-Quero que determinem quem é o sujeito desta oração. No proximo encontro vamos debater.

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,"

SUJEITO E PREDICADO

O sujeito e o predicado são termos essenciais da oração, e considerando uma escala de importância o predicado é ainda mais importante, pois ele não pode faltar, existem orações sem sujeito mas não existe orações sem predicado, e por meio dele que pensamos.
SUJEITO-"se de quem se diz alguma coisa" é o elemento com o qual o verbo concorda.
PREDICADO-"aquilo que se diz do sujeito."
O sujeito pode ser simples, composto, indeterminado, elíptico ou oculto e inexistente.
Simples- um só núcleo
Composto-mais de um núcleo
Indeterminado-quando não se exprime o agente, mas que existe na ideia.
Elíptico-quando suprimido pela elípse, subtendido
Inexistente-nas orações sem sujeitos, em que há somente predicado, orações impessoais.
No próximo encontro vamos nos ater em cada tipo de sujeito fazendo analises detalhadas de cada um.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PALAVARAS DE SENTIDO GENÉRICO

Existe uma situação em que uma mesma palavra vai precisar de crase em um contexto e em outro não, essas são as palavras de sentido genérico ou não.
Vamos a um exemplo: "Não vou a festas." Veja que festas está no sentido genérico, é qualquer festa, por isso não está determinada uma festa em específico, que se fosse , estaria determinada pelo artigo feminino. Como a regência do verbo ir exige preposição teríamos uma crase.
Ex.: "Não vou às festas que ele promove." Agora sim o termo festas está individualizado ele não vai a festas que uma determinada pessoa promove.
O estudo da crase, é um estudo que deve ser promovido junto a sintaxe, é impossível aprender uma coisa sem a outra. A partir de agora vamos começar o estudo da sintaxe, e sempre que conveniente voltaremos ao estudo da crase no contexto da sintaxe.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO II

O texto diz que a crase do fragmento "à do experimento" está empregado usando a regra do "à moda, ás vezes".
Certo ou Errado??
Errado. Porque?
Porque esse acento indicativo de crase está sendo usado devido à regência do termo "igual", basta dizermos "o que é igual é igual a alguma coisa" sendo assim a regência nominal exige o uso da preposição e fica subtentido a repetição do termo "relação".
Seria como se falássemos: "Já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual a relação do experimento". O "a" que fundiu-se ao "a" preposição é o pronome "a". É bom lembrar que a fusão ocorre também com esse pronome. Certo? Se houver dúvidas coloquem no comentário.
Ah, já estava me esquecendo:
O examinador citou duas expressões adverbias que veem acompanhadas de crase, que são "a moda e às vezes" essas expressões e existem e sim usa-se a crase com elas, existem mais algumas expressões que vamos tratar depois.
Mas é bom guardarmos na cabeça que no caso de "à moda", esse expressão pode vir subtendida, o que pode te induzir ao erro, por às vezes se tratar de expressão masculina.
Ex. "Escreve à Machado de Assis"
Como usar essa crase diante de um nome masculino?
Simplesmente está subtendido que "Escreve à moda Machado de Assis"
Ok. Por hoje é só. Amanhã tem mais português. E paralelamente vamos estudar as novas regras de ortografia. Tchau.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

EXERCÍCIO II

ABIN(2008)
"Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e,assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original."

Questão (10)-Em “à do experimento” , o sinal indicativo de crase está empregado de forma semelhante ao emprego desse sinal em expressões como à moda, às vezes, em que o uso do sinal é fixo.

sábado, 25 de outubro de 2008

ALGUMAS REGRINHAS OU MACETES

A mais conhecida é a substituição do termo regido feminino por um masculino sem alterar o sentido da oração. O objetivo disso é constatar se continua a existir a preposição e o artigo, se permanecerem logo existe a crase.
Ex. "Assistimos à dissolução....." transformamos dissolução em um termo masculino "Assistimos ao dissover...."
Notem que permaneceu a preposiçao "a" e o artigo "o" logo esse termo se for feminino vai ter o artigo "a". A crase está muito correta.
Mas é bom lembrar que qualquer substituição deve ter o objetivo de identificar a preposição e o artigo, nada substitui o conhecimento de transitividade do verbo, não dá para aprender crase sem ter conhecimento de sintaxe, de regência, o português funciona como um todo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 1

O que devemos avaliar neste item da prova da ABIN?
Primeiro devemos ver a transitividadedo verbo em questão. Ele é transitivo direto ou indireto, ele é intransitivo?
Com isso vamos determinar se ele exige ou não a preposição, que é condição indispensável para existência da crase.
O texto diz: "Assistimos à dissolução....", esse verbo é clássico nos estudos de regência verbal, em que sentido ele está sendo utilizado no texto? Vemos que nesse texto ele é utilizado no sentido de quem vê algo, como quem assiste a uma tv.
Então nesse sentido empregado no texto, quem assiste, assiste a alguma coisa, certo?
Sendo assim ele é verbo transitivo indireto por exigir a preposição "a".
Já sabemos então que a preposição "a" existe. Falta agora verificarmos se existe o artigo definido feminino "a".
Dissolução. Que termo é esse na gramática de língua portuguêsa? É um nome ou seja um substantivo feminino que indica que algo está se acabando, se dissolvendo. Se é substantivo feminino esse termo admite sim ao artigo feminino "a".
Sendo assim essa questão está CERTA.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

EXERCÍCIO I

TEXTO:

(Abin, CESPE UNB 2008)
"Assistimos à dissolução dos discursos
homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura."



(01)O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução”
deve-se à dupla possibilidade de relações sintáticosemânticas
para o verbo assistir.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

CRASE II

Já definimos o que é a crase. Antes de entrarmos nas resoluções de exercícios, que é o que mais interessa para os concurseiros, vamos tentar explicar algumas situações em que ocorrem crase e algumas em que não ocorrem. Hoje vamos ver onde não podemos em hipótese alguma colocar crase.
Vamos recapitular o que é a crase: É a fusão entre o artigo feminino "a" e a preposição "a" ou os outros termos já explicados na postagem anterior. Por isso nunca, e digo NUNCA haverá crase diante de palavras masculinas.
A conclusão é bem lógica, como haveria crase diante de palavra masculina se a palavra masculina não admite artigo "a" só as palavras femininas a admitem.
Opa. Quero voltar atrás no NUNCA, há quem diga que NUNCA devemos usar essa palavra.
Pois pode existir crase nos pronomes relativos "aquele(s) e aquilo(s)"
Não haverá crase também diante de verbos. Oh. Porque professor?
Me diga qual verbo admite artigo? O artigo é usado para individualizar substantivos ou palavras substantivadas. Logo então o verbo nunca admitirá artigo e muito menos artigo definido "a". Lembrem-se o artigo é o feminino.
A crase também não existe diante de palavras que funcionam como sujeito. Mas porque????
Porque o sujeito não pode ser regido por preposição. Ex. "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas..." "as" artigo "margens" sujeito, que não admite preposição então não existe crase.
Muito simples, não?
Ex. retirado da GRAMÁTICA CONTEMPORÂNEA DA LÍNGUA PORTUGUESA
NICOLA, José de / INFANTE, Ulisses
ed. 1994.
No nosso próximo encontro vamos iniciar com algumas regras de colocação de crase e resolução de alguns exercícios. TCHAU.

CRASE I

Primeiro vamos definir o que é crase.
CRASE nada mais é que a fusão entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a";ou a fusão com os pronomes demonstrativos" aquele(s), aquela(s), aquilo; ou ainda a fusão com o pronome demonstrativo "a(s)"; ou então com a inicial do pronome relativo "a qual (as quais).

sábado, 18 de outubro de 2008

CRASE

Um dos temas mais cobrados em concursos públicos. Já é um assunto clássico, mas as pessoas continuam errando. Vamos tentar entender o porque da crase e não simplesmente decorar regras e macetes.
Primeiro o que é a crase?
Crase é a fusão entre duas vogais. Um artigo e uma preposição. Vamos lembrar o que o artigo precede, ele precede o substantivo, certo? e é bom lembrar que esse artigo do qual estamos falando é um artigo feminino.
Assim fica fácil concluir que ele deve preceder um substantivo feminino, então quais palavras virão precedidas de "à", sim, o substantivo feminino. Não é um substantivo, não é feminino então não pode ter crase. Vale lembrar que esta é a regra, virão exceções, mas vamos n0s ater neste momento à regra.
DEFINIÇÃO: Crase é a fusão entre a preposição "a" e o artigo "a" que é representada pelo acento grave `.
QUE ISTO NUNCA SAIA DA SUA CABEÇA CRASE PRECEDE SUBSTANTIVO FEMININO.